domingo, janeiro 28, 2007




Sempre Drummond...

"Relógio do Rosário"

"(...) E nada basta,
nada é de natureza assim tão casta
que não macule ou perca sua essência
ao contato furioso da existência.
Nem existir é mais que um exercício
de pesquisar de vida um vago indício,
a provar a nós mesmos que, vivendo,
estamos para doer, estamos doendo".

quarta-feira, janeiro 24, 2007



Ricardos e Ricardos!

POis então,
Que culpa tenho eu se meu ginecologista se chama Ricardo?
Não sei de onde veio essa coisa de que amante é Ricardão, deve ter havido um Ricardo que comia a mulher de todo mundo e virou lenda, ou coisa assim, daí que meu marido ficou intrigado porque o Ricardo ligou confirmando às 4:20 no consultório.
Óbvio eu me depilar e tomar banho, me perfumar, vestir vestido (é bem mais fácil tirar vestido do que calça jeans e blusa e soutien), as mulheres hão de me entender melhor...
Tem coisas que os homens não entendem, só os Ricardos entendem (não os amantes, os ginecologistas!), no geral os homens não pedem licença pra entrar em vc, vão entrando e pronto, sem cerimônias, no caso do Ricardo ele entra em mim com respeito, pede licença, examina a mama, pede licença de novo, examina a outra, depois se abaixa, pede licença e delicadamente coloca seu instrumento de trabalho na minha vagina, claro que falando assim dá até pra pensar sacanagem, mas os ginecologistas são pessoas sérias, naquele ambiente de consultório, deitada naquela cama não dá pra se sentir excitada ou coisa assim, só dá pra sentir um friozinho na barriga, cócegas na vagina, mas nada que nos lembre um orgasmo.
Então é isso, minha monotonia me leva a contar uma reles visita de rotina ao consultório médico!

Moral da história (plageando Freud): "Ás vezes um Ricardo é só o Ginecologista dela"

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Razão


"Assim, vejo-me absoluta e necessariamente inclinado a viver, e a conversar, e a agir como as outras pessoas nos seus afazeres diários... Estou pronto a lançar todos os meus livros e papéis ao fogo, e a jamais renunciar aos prazeres da vida por causa do raciocínio e da filosofia." David Hume

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Insônia, dopamina e otras cositas más!

A noite não passa quando não conseguimos dormir, há uma explicação fisiológica para isso, segundo os cientistas que estudam o corpo liberamos uma substância que se chama dopamina, essa substância nos dá a sensação de prazer, a sensação de prazer altera nossa percepção do tempo, assim quanto mais dopamina, mais sensação de prazer, logo percebemos o tempo voar, ou seja, passar rápido, no entanto se o nível de dopamina está baixo, temos sensação de des-prazer, então que o tempo não passa, a noite se arrasta, a vida se arrasta, o casamento se arrasta, enfim, se fôssemos todos muito felizes viveríamos pouquíssimo (ou ao menos sentiríamos assim), logo, quanto mais infelizes formos mais longa será nossa vida.
As questõs que não querem calar são: como levar o corpo a produzir dopamina? Poderia o ser humano ter uma vida feliz e longa? É melhor viver mais e ser infeliz ou viver menos sendo feliz? O que é felicidade?
A primeira questão é mais simples do que se imagina, uma simples barra de chocolate pode gerar uma quantidade razoável de dopamina, se quiser doses mais altas terá de ter uma relação sexual de aproximadamente 40 minutos, quanto mais prazer, mais dopamina! No entanto se não usar camisinha na relação sexual ( vulgo trepada) dentro de 9 meses – no caso da mulher – o nível de dopamina estará alto, já que a gravidez e principalmente a amamentação aumentam a substância no organismo; no caso do homem – o nível de dopamina estará alto nos 8 primeiros meses de gravidez da companheira, já que a frequência das relações sexuais poderá aumentar – grávidas tem mais desejo – no entanto após o nascimento o nível ficará muito baixo, exceto para os homens que possuem mulheres de reserva (conhecidas também como amantes) para esvaziar o líquido presente em seu saco escrotal ( popular porra).
Quanto à segunda e à terceira perguntas não se pode respondê-las sem considerar primeiro a pergunta de número quatro, ou seja, sem responder: o que é a felicidade?
Como a pergunta de número quatro é, realmente, uma pergunta de difícil resposta, diria até que não pode ser respondida, apenas formulada, passível de reflexão em alguns casos. O que se poderia obter dela seriam apenas respostas provisórias que serviriam para determinadas pessoas em determinadas situações de determinada cultura num determinado tempo com indeterminadas variáveis.

Moral da história: é foda ter insônia, o marido não querer trepar e você não achar nem uma barrinha de chocolate na geladeira!

quinta-feira, janeiro 11, 2007

"E agora José?"

Nossa educação judaico-cristã (me desculpem os que odeiam essas palavras juntas) nos ensina que amor é algo sublime, que acontece raramente na vida e que deve durar até que a morte nos separe (atualmente até que o divórcio nos separe, ou nem isso, já que os casamentos no papel, pra valer, são cada vez mais raros)...
Me pergunto se é assim, se amor não é "fumaça" (como dizem os sensatos, ou loucos, vai saber!), pura ilusão, como a felicidade, a perfeição, a riqueza e tantas outras coisas que procuramos incessantemente, me pergunto se vale a pena continuar buscando ou se seria melhor aceitar a condição instável de tudo e aproveitar o instante do gozo, sabendo que logo em seguida vem a "porrada" ...
Me parece que na vida sempre haverá de se perguntar: "E agora José?"
As possibilidades nos esperam, ir ou não ir, crer ou não crer, ser ou não ser (pieguices a parte, essas questões não param de se suceder)...
Jean Paul tinha razão quando falava sobre a angústia, viver é angustiante mesmo, escolhemos o tempo todo, o que permanece é a angústia, a dúvida, essa assombração que se chama "e se..." (e se fosse diferente, e se eu fizesse assim e não de outro modo, e se eu tivesse virado à esquerda em vez da direita, e se tivesse me casado com aquele em vez deste, e se eu não tivesse isso ou aquilo ) essa procura incessante da melhor maneira de ser e fazer as coisas é que mata!
E ao final sobra só a vida, que às vezes é pouca para tantas dúvidas e angústias.
E agora José?

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Que cor, afinal?

Ano novo tem disso, as pessoas correm às lojas a comprar suas roupas (inclusive íntimas) de variadas cores, dependendo do que se quer, para paz o tradicional branco, para amor, o rosa, para paixão o vermelho, dinheiro o amarelo e assim por diante, há até os que fazem uma mistureira danada, calcinha vermelha, soutien rosa, blusa branca, saia amarela, uia, uma vedadeira micareta!
Até pouco tempo atrás eu me preocupava com isso, confesso, era dessas que usavam calcinha vermelha ou amarela ou rosa...
Aconteceu então que não ligo mais pra essas coisas, não devemos acreditar em crendices, isso é coisa de quem não tem o que fazer e fica inventando que se fizer isso ou aquilo vai acontecer isso ou aquilo outro, o que conta no fundo é nosso desejo, nossa vontade de que as coisas aconteçam, e claro uma boa dose de suor...
Tá bom, sem lero lero, sendo sincera, falando a verdade: não é que não acredito de todo nessa ladainha, é que... ah... é tão bom passar o Reveillon sem calcinha, sem soutien, sem nada sobre a pele que parei com essas besteiras, agora só passo Reiveillon assim, sem roupa e muito bem acompanhada!