sexta-feira, setembro 30, 2016

Justiça, vingança, perdão.

Assisti pelo Globoplay à minissérie exibida pela Rede Globo intitulada "Justiça".
A cada episódio várias cenas de sexo quase explícito a fim de chamar a atenção do grande público que fica acordado tarde da noite, como essas cenas não me interessam e não faziam diferença para que a história fosse compreendida fui pulando todas, de resto o fundo musical é fantástico, os atores perfeitos e a história bem atual e com fundo que gera várias discussões éticas.
A idéia inicial é de que a justiça é falha e cega (embora isso não seja novidade), no desenrolar das quatro histórias que estão entremeadas umas às outras é interessante ver a mudança de alguns personagens com relação ao sentimento de vingança, ódio, é interessante ver a humanização de uns e o despertar do ódio de outros, "a fragilidade humana"...
E nisso tudo o mais importante, penso eu, é reafirmar nossos valores, porque a vingança é uma chama que destrói, enquanto que o perdão vai reconstruindo as vidas, vai trazendo paz, vai deixando o tempo curar aquilo que está machucado.
só se vive bem seguindo adiante!!

sábado, setembro 03, 2016

quem nunca...

Não sou boa em atirar a primeira pedra, até porque já errei tanto e só sei isso hoje porque cometi esse erro e parei para repensar minha posição. Outro dia ouvi alguém dizendo que não ia mais ouvir Chico Buarque porque ele estava defendendo a Dilma e não era intelectual coisa nenhuma. Na hora fiquei meio chocada com a opinião, ia abrir a boca para defender quando me lembrei que por muito tempo eu não gostava do Picasso porque ele era um promíscuo e eu achava isso horrível. Depois um dia teve uma exposição dele, quando eu ainda morava no Rio de Janeiro, e uma amiga me convenceu a ir, me explicou a obra e então me quedei diante da geniosidade daquele homem. Pensei em como fui tola por ter perdido por todos esses anos a oportunidade de apreciar essa obra grandiosa... que tem afinal a personalidade do autor a ver com sua obra?? É preciso diferenciar a vida pessoal da obra de qualquer um, caso contrário só o Cristo se safaria, os livros científicos, as obras de arte, as músicas todas não teriam valor! Fui tola, confesso e graças à minha tolice hoje sei que isso não é assim, que há de se respeitar a obra embora seus autores enquanto pessoas não mereçam nossa estima. Portanto eu vou continuar ouvindo Chico Buarque, vou continuar admirando o Matheus Nachtergaele e todos os que já admirava antes da Dilma aparecer, porque essa lição eu já aprendi!!