quarta-feira, abril 02, 2008

Felicidade Imensurável

Há uma época da vida em que se mede a felicidade da gente pela sujeira da roupa, se está suja (mas suja mesmo: de doer!!) é porque fomos muito felizes, brincamos no barro, caímos na lama, nos divertimos a beça!
Há uma época que se mede a felicidade pelas notas que tiramos na escola (alguns nunca foram felizes suficientemente!!)...
E há épocas em que se mede a felicidade pelo tanto de cartas (ou bilhetinhos) de amor que recebemos... ou pelos olhares que ganhamos daquele garoto lindo que da nossa escola (ou da nossa rua, ou da nossa igreja, tanto faz, sempre tem um garoto lindo que gostamos) ou ainda pelo beijo bem dado, aquele que a gente quis toda a vida e que aconteceu finalmente!
Há épocas em que se mede a felicidade pela quantidade de vestibulares que passamos...
E há épocas que se mede a felicidade pela quantidade de amigos que gostam da gente e que nos convidam pras festas...
Há épocas em que a felicidade passa a ser ter uma conta bancária e o tamanho da nossa felicidade é exatamente a quantidade de zeros que temos depois de algum número qualquer na conta do banco ( e alguns só são felizes quando antes do zero não tem número algum!)...
Há épocas em que a felicidade se mede pela sujeira da roupa: dos nossos filhos!
E aí o ciclo recomeça...
E de repente percebemos que toda essa felicidade medida milimetricamente foi tanta que se tornou memoravelmente imensurável!

1 Comentários:

Às 11:58 AM , Anonymous Anônimo disse...

" o verbo "ser feliz" não tem nem presente, nem passado, nem futuro: é no condicional que ele se conjuga" P. Bourget

 

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