Distâncias e silêncios...
Porque estar distante é doído, principalmente quando sabemos que a outra pessoa precisa de um abraço. Montaigne dizia que a amizade tem braços tão longos que conseguem abraçar os amigos ainda que se encontrem em outros continentes. E de fato, penso ser isso possível porque me sinto abraçada todas as vezes que alguma amiga querida se lembra de mim e me escreve algo ou me liga ou pensa forte em mim. A geografia brinca comigo e embora ela seja paupável há em mim um coração que bate a despeito das distâncias e há um pensamento que me leva onde quero e me permite viver muito além de onde estou. Tenho tesouros em forma de amigos espalhados por muitos cantos e sinto falta de tê-los por perto pra gente brigar de vez em quando, porque assim tão longe não temos tempo de brigar. E sinto falta de um amor que possa estar na minha cama vazia embora haja amor em meu coração e também nos bons dias e boas noites que recebo diariamente. Talvez eu tenha nascido pra estar distante, quem poderá contestar isso? De qualquer modo, ainda que a geografia não me queira por perto, insistirei em me fazer presença e lutarei contra os espaços e as distâncias, porque pior que todas as distâncias são os silêncios, esses sim doem mais que a morte!!
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