quarta-feira, abril 23, 2008

Cotidiano

"Todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às 6 horas da manhã, me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã"...
Não é que seja tudo igual, é que o hábito faz com que não olhemos mais para as coisas e aí nosso cérebro, que já tem gravado na memória tudo que aconteceu anteriormente (e por preguiça, ou por cansaço ou pela "lei do menor esforço") nos faz ter essa sensação de repetição constante, como se todos os dias acordássemos e fôssemos para o trabalho e... e... e... e... é como se cada dia fosse igual ao anterior embora cada dia seja um dia completamente novo, com gente nova e horas novas e tanta novidade que pra manter a sanidade o cérebro prefere não ver, prefere continuar com essa noção de cotidiano, de repetição...
Estou falando disso porque às vezes, dentro de um dia igual, repetido eu consigo ver coisas novas e no instante em que as vejo tenho uma sensação tão boa, tão minha, tão única que fico em estado de graça, como se um anjo tivesse descido e me contado um segredo tão importante como o nascimento de Jesus Cristinho e eu tivesse acreditado no anjo... é uma sensação de liberdade tão grande: liberdade da mente, liberdade do sentimento, liberdade da imaginação, liberdade de crer que a vida é uma eterna novidade...
Gosto de ser cotidiana, principalmente porque na repetição conseguimos sempre perceber a "diferença"...

1 Comentários:

Às 8:21 PM , Anonymous Anônimo disse...

...a lua estava serena e brincava sobre as ondas...girando.


shir...florida...

 

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