quarta-feira, junho 01, 2005

As últimas...


Não sei se é sabido de todos que eu e o Reinaldo nos separamos...
Pois é... não deu certo, nossos caminhos, que se cruzaram um dia, se distanciaram de tal maneira que a convivência se tornou um sofrimento para ambos e quando é assim o melhor é mesmo tentar algo melhor...
Estou escrevendo porque hoje foi um dia especial, estou inspirada, feliz, deu vontade de contar como estou (embora meu blog não seja tão visitado assim pelos meus amigos)...
Bem, acabei de chegar do trabalho, são 10: 45 da noite, encontrei a Mari dormindo no quarto, quietinha, a dona Cecília disse que lá pelas 8 horas ela tomou a mamadeira e se dirigiu ao quarto, deitou na cama e dormiu, fiquei super feliz, porque quando saí a dona Cecília (minha vizinha, que está cuidando dela) disse que eu ia trabalhar e ela choramingou, daí ela falou que não era pra eu falar que eu ia trabalhar porque ela ia chorar e eu respondi que não, que eu ia dizer sim e ia me despedir dela, porque ela tem de saber que eu vou trabalhar e que eu volto, quero ser honesta com ela, me despedi, disse que ia trabalhar porque tenho que manter a casa e que eu voltava logo, que ela ficasse bem! dei-lhe um beijo e fui embora, ela não chorou, não sei se entendeu, eu fui tão confiante no que disse que talvez ela tenha percebido a seriedade daquelas palavras...
No trabalho está ótimo, depois que cheguei de sampa estou toda enfeitada, a Diva me deu anel, colar, brincos... e eu faço questão de ir bem arrumada pra escola, de anel, colar, brinco, batom, roupa arrumadinha, tudo que tenho direito, os alunos me elogiaram pra caramba, dizem que eu estou bonita, parece que vou a uma festa, perguntaram até se eu me casei (rs...)...
Eu estou feliz, minha relação com eles melhorou, estou mais ligth, brinco um pouco, explico um pouco, dou aula me divertindo e tenho tido ótimas idéias pra trabalhar com eles... minha casa está arrumadinha, eu tenho ânimo pra brincar com a Mari... não sei, alguma coisa mudou, eu recuperei um pouco minha alegria de viver, me desacomodei, sei lá...
Não sei se essa é uma reação normal, às vezes penso se não estou enganando a mim mesma, mas parece tão verdadeiro o que eu sinto, parece tão natural, estou mais simpática com as pessoas, não sei, a alegria atrai, a tristeza afasta...
Não sei quanto tempo isso vai durar, fico com medo de de repente acordar triste ou deprimida, sem vontade de fazer nada, daí quando penso em algo ruim eu digo pra mim mesma: "por que vou pensar desse jeito" e tento ver o outro lado, analisar de outro modo aquilo... tem dado certo!
Está sendo uma experiência boa essa...
A Mari está muito carinhosa comigo, contratei uma van pra levar e buscar ela na escolinha, ontem foi o primeiro dia que ela foi, quando chegou a moça falou pra mim que ela é um amor de criança, que não deu um pingo de trabalho, ela foi e voltou sorrindo...
E eu fico até emocionada com isso sabia? porque Deus me confiou essa coisinha linda e dócil que em vez de me atrapalhar está me ajudando a me manter firme e forte, a ver felicidade nas migalhas de tempo que passamos juntas... ser mãe é uma coisa linda demais!
E a vida segue seu rumo, as tristezas virão (elas sempre vêm), cair é próprio do ser humano, se manter no chão é para os fracos, como diz a música "levanta, sacode a poeira" e segue adiante, porque o mundo é impermanência e somos seres raros, únicos, vivendo momentos irrepetíveis, experiências que nos fazem crescer, lembro Nietzsche quando ele lança a maldição "pense se cada momento que vc vive se repetisse eternamente" bem então temos de fazer cada momento ser bom, porque caso ele se repita eternamente, estaremos a salvo: do inferno (nosso inferno pessoal!).

1 Comentários:

Às 6:13 PM , Anonymous Anônimo disse...

Shirley,

Olha a injustiça! Sempre visitei o seu blog, mas vc ficou um tempo sem atualizá-lo, por isso as visitas menos frequentes.
E... gostei muito da frase que vc citou: "pense se cada momento que vc vive se repetisse eternamente" . Lembrei da nossa conversa em que vc me explicou a diferença entre o eterno e o infinito. Acho que nada que se preze deva cair na banalidade de se repetir eternamente, porque o grande lance é a singularidade de cada coisa vivenciada.
Um beijo

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial