cotidiano e afins

Philia

Tem sido dias fartos de sentimentose esses ao meu redor, lendo um livro que se intitula "O amor" (escrito por um filósofo francês que se chama Andre Comte-Sponville)comecei a compreender e reorganizar meus pensamentos a respeito do mesmo. E de repente fui tomada pela philia, esse sentimento que eu chamava de estado de graça e acontecia sobremaneira quando eu assistia as aulas de filosofia do professor Sergio Castilho. Era comum eu não saber como havia chegado em casa não me dar conta do caminho... tamanha abstração me tomava que era quase como estar no paraíso, era quase como atingir o nirvana... Era como se o pensamento prescindisse da vida e esta em se pensando fosse perfeita demais para haver qualquer sentimento exceto o êxtase de estar vivo. De repente, lendo, me dei conta do imenso amor que habita em mim, da imensa paixão que tento esquecer e que volta sempre que me deparo com alguma lembrança daqueles tempos passados, meu amor por ti ó Filosofia é o que me dá a certeza de que a vida tem um sentido. Meu amor por ti desde meus primórdios questionadores, desde minha mais tenra infância tem sido o que me mantém confiante diante das incertezas e intempéries do desconhecimento. Eu nasci velha, nasci perguntando tudo, buscando-te ó conhecimento! Procurei-te nos livros, conheci autores magníficos, conheci histórias importantes, fiz cálculos e mais cálculos tentando apreender um pouco mais de ti, busquei sedenta a verdade em todos os setores... Penso, logo existo. Questiono, logo sou. Agradeço-te ó Filosofia por te ter assim presente na minha vida, agradeço-te porque sem ti eu seria só um monte de conhecimento vão, sem fundamentos... Amo-te em tudo que és e ainda que me dês mais incertezas que respostas sei compreender-te e aceitar-te, embora suas verdades sejam raras ou inexistentes, penso-te seres a única portadora de uma potência de verdade coerente com nosso entendimento. Não me abandones porque sou tua, em mim terás sempre uma fiel vassala.

postado por Shirley Suely @ 8:42 PM