Novela do Mestrado
Capítulo 1
Não sei como começar...
Vejamos...
O que ocorreu foi o seguinte:
Decidi tentar mestrado em Educação na UNESP de Marília, por que em Educação e não em Filosofia? Sei lá, acho que fui tomada por uma síndrome de sentir-se educador! Acho que após o estágio no Programa de Leitura da UERJ eu fiquei empolgada em incentivar as pessoas a ler, me apaixonei pela contação de histórias, por isso de levar o texto a pessoas que até então tinha uma visão de que ler é coisa pra se fazer na escola, quando ler é uma atividade pra se fazer principalmente fora das atribuições escolares.
O fato é que decidi tentar mestrado esse ano em Educação. Fiquei super preocupada em fazer um projeto bom e pra isso li bastante, claro que eu precisei de ajuda pra que ele ficasse razoável (a Ana Paula ajudou nas nossas conversas online, dando idéia do que eu poderia observar na pesquisa, a Cirlei leu o projeto e deu dicas pra ele ficar apresentável, o Reinaldo cuidou da parte estética e por fim a Maria Cristina, fechando com chave de ouro, leu e disse que estava bom - não foi só nisso que ela ajudou, mas o resto eu conto no próximo capítulo).
Cenas do Próximo Capítulo: última semana de inscrição, Shirley descobre um obstáculo que poderá impedí-la de tentar o mestrado.
Capítulo 2
Última semana de inscrição, projeto em fase de revisão, eu aguardando o dinheiro que meu pai ia mandar para eu fazer a inscrição.
Segunda-feira: decido verificar a documentação necessária para inscrição: rg, cpf, título, projeto, taxa de 30 reais, diploma (ou declaração de conclusão de curso), Histórico escolar ...... o que???????? histórico escolar?????????? ESSE EU NÃO TENHO!!!!
Ligo na Universidade e pergunto se pode ser outro documento ou se posso entregar o histórico depois, óbvio que não permitem, e ainda são categóricos, ou traz todos os documentos do edital ou não faz matrícula.
Apavorada ligo na uerj, no DAA, mas... quem falou que eles atendem telefone lá? quando não dá ocupado chama até cair a ligação, na secretaria me informam que histórico escolar só lá se pode pedir e ainda que se eu não for pessoalmente tem de ser alguém com uma procuração minha.
E agora José?
Fico triste, chateada, desesperada, infeliz, desconto no Reinaldo, na Mariana, na minha sogra (hum... essa parte ate que foi boa, rs)...
E não adiantou (já repararam como não adianta descontar nossa tristeza nos outros? só gera mais infelicidade).
Capítulo 3
Terça-feira: Penso em desistir e me preparar melhor para o ano que vem, afinal de contas o que não tem remédio... mas o Reinaldo insiste, acho que por ver como fiquei triste e ter presenciado o meu esforço em fazer o projeto. Mesmo assim fico em dúvida, não sei se vale a pena já que está dando errado talvez não seja pra ser e tal, a gente sempre pensa isso quando as coisas começam a dar errado, e muitas vezes muitos sonhos não se realizam porque nos deixamos abater por esse pensamento e cruzamos os braços. Felizmente o Reinaldo me alertou pra isso e decidi ao menos tentar me inscrever já que faltava apenas um item do edital. Liguei pra Maria Cristina, que foi a única pessoa que me veio a mente na hora e ela demonstrando a maior boa vontade do mundo começou a me ajudar pra ver o que podia conseguir. Só que as instituições são muito rígidas e exigem documento pra tudo, de modo que ela não poderia fazer o pedido do meu histórico sem uma procuração minha autorizando, fora o fato de que o histórico demoraria 5 dias para ficar pronto, ainda assim fiz a procuração e enviei pelo correio. Fui dormir triste este dia, mas um tanto quanto conformada. De noite deitada na cama, pensando ainda num modo de salvar a "bezerra da morte" lembrei do Boletim de Aproveitamento Acadêmico. No outro dia logo cedo liguei em Marília pra ver se este documento servia mas de novo disseram que não, que não tinha jeito mesmo. O Reinaldo começou a ligar pra algumas pessoas aqui, amigos e professores dele, e todos me aconselharam a insistir, a ir lá e tentar assim mesmo.
Capítulo 4
Quarta-feira:Continuo revisando o projeto, o Reinaldo fica até tarde da noite mudando coisas pra mim, ajeitando a bibliografia etc etc etc. A Maria Cristina me liga dizendo que o histórico está disponível online, entro na internet e imprimo um, melhor isso que nada!
Capítulo 5
Quinta-feira: Tenho de mudar a metodologia, adequá-la aos moldes ditos científicos e aceitáveis para pesquisas universitárias, por isso só na sexta, último dia de inscrição, poderei ir até Marília.
Cenas do Próximo Capítulo: um desfecho inédito acontecerá, Shirley vai ou não vai conseguir fazer a inscrição? leia logo abaixo o que aconteceu...
Capítulo 6
Sexta-feira: ùltimo dia, manhã corrida, fotocopiando documento, imprimindo projeto, currículo etc. Reinaldo tentando ajudar e Mariana tentando atrapalhar. Enfim consegui sair de casa, peguei o ônibus do meio dia, fui com uma ex-professora do Reinaldo, a Roseane, ela foi se inscrever no Doutorado, fomos conversando e isso foi muito agradável, o ruim é que sempre fico enjoada quando ando de ônibus, ainda mais esses que vão saculejando, ai, nem posso lembrar que já passo mal, vomitei tudo que tinha dentro de mim, e olha que só tinha o café da manhã, ou nem ele, já que era aproximadamente uma hora da tarde. O ônibus deu voltas e mais voltas e chegando lá eis minha surpresa: não aceitaram o histórico online, foram até muito grossas comigo. Perguntei sobre o BAC (Boletim de aproveitamento acadêmico) e disseram que até aceitariam se tivesse completo, mas não estava, me disseram que se eles mandassem um fax eles aceitavam. Lá vai eu de novo, ligo pro reinaldo pra ele ligar na uerj e ele liga pra Maria Cristina e ela (sempre com boa vontade!) vai até lá e consegue finalmente resolver isso pra mim. Tudo estaria terminado aqui, não fora o fato de que eles exigem o currículo pela cnpq lattes, ,alguém sabe o que é isso??? e um troço lá que a gente tem de cadastrar o currículo na internet no site do cnpq. E eu ia lá saber isso??????
A essa altura o pessoal lá já estava até com pena de mim, acho, pois me deixaram usar um computador lá pra fazer isso, só que o site estava fora do ar, fiquei até 5 horas tentando e o máximo que consegui foi cadastrar meus dados pessoais e que eu tinha feito graduação, só isso, todo o resto não consegui, e o currículo vale ponto! a moça de lá anexou o que eu tinha levado ao que do cnpq, acho que até ela achou sacanagem eu não ter conseguido.
Saí de lá 6 horas da tarde e cheguei em Bauru quase 10 horas. Comi alguma coisa porque não consegui comer nada lá o dia todo, tomei banho e desmaiei na cama.
Isso me serviu de lição em várias coisas, primeiro que a gente não deve deixar tudo pra última hora, segundo que a gente tem de tentar até o último segundo, terceiro que Deus sempre coloca uma alma boa na vida da gente pra ajudar quando a gente precisa!
Agora começa uma nova etapa, vou me preparar para as provas!!!!!
O próximo capítulo será o resultado das provas, que vai sair dia 28 do mês que vem, boas ou más, eu conto as notícias!

0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial